Quando era miúdo o mês de dezembro significava 2 coisas: Natal e circo.
Na capital havia o Circo Cardinali que ficava no Parque Eduardo 7*, o circo Chen montava o chapiteau na arena do Campo Pequeno, em Benfica estava o Atlas e no Coliseu dos Recreios havia sempre espetáculos desta arte milenar. Era um circo mais clean sem chuva e sem lama.
A par disso adorava ver o circo de Monte Carlo, que dava na SIC e era apresentado pelo José Figueiras, que já foi convidado do Vidas com História.
O que mais gostava era de ver eram os animais exóticos, atualmente proibidos nos circos portugueses.
Adorava ver os tigres, os leões, os ursos, as focas e os elefantes.
Em relação aos palhaços tinha uma relação de amor / ódio.
Por um lado, tinha medo do que iam fazer, se iam explodir alguma coisa…
Por outro lado, achava piada àquelas figuras com as caras pintadas e roupas extravagantes.
Ficava a pensar quem seria a pessoa por detrás da maquilhagem… Esse mistério fascinava-me.
O circo é uma arte com origem dos tempos do império Romano, mas aquele que vemos hoje em foi inventado em Inglaterra, em meados de 1780.
Em Portugal uma das famílias mais conhecidas da arte circense, é a família Cardinali. A minha convidada honra esse mítico apelido.
Luísa Cardinali, nasceu em Lisboa em 1965, foi trapezista e adestradora de leões marinhos.
Atuou um pouco por todo o Mundo, da Turquia ao Irão passando pela Suécia, Dinamarca, Bélgica, França, Espanha, Inglaterra, Noruega, Catar, Kuwait, Dubai, Alemanha, Itália e claro Portugal.
Casada com João Azevedo, Luísa tem dois filhos e conceituados artistas circenses: Jorge e William Cardinali e foi com eles que fundou um circo diferente, o circo Aquático Cardinali.
Numa turné no Irão perdeu tudo e teve de recomeçar a vida do zero, fundando o circo Luísa Cardinali.
Meninos e meninas, senhoras e senhoras bem-vindos ao maior espetáculos do Mundo.
Nota: Agradecimento ao Circus Colecionismo
Foto: DR.